Por fim chego à última luz das quatro paredes escuras.
Esta não brilha, não é intermitente, não é incandescente...
O olhar é pesado e, por isso, fundo
As pestanas recolhem-se, já não vivem
O meu olhar é agora do castanho banal.
Aqui o calor é do tempo..
O que dói é ferida do corpo..
Quando molha, só pode ser chuva..
Quando bate, é só uma porta.
Aqui, onde o calor é do tempo
O que mata é a arma ou a doença..
O que consome é vela e oxigénio..
Quando destrói, é químico ou nuclear.
A luz que vai acabar, não volta mais
Fecho os olhos...
Apenas me adiantei à escuridão.