Pegadas na Areia (I) Uma noite eu tive um sonho...
Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor e, no firmamento, passavam cenas da minha vida. Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era o meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me deveras, e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações do meu viver havia apenas um par de pegadas ba areia. Não compreendo porque é que, nas horas em que eu mais precisava de Ti, Tu me deixaste sozinho.

O Senhor respondeu-me:
-Meu querido filho, jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quanto viste na areia apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que oeguei em ti ao colo.  ¶ 10/26/2006 07:01:00 da tarde 0 comments

  Sabes, Juh... A minha escrita é frenética enquanto penso nestas palavras.
Estou cansada. Cansada. Mais cansada ainda.
E, não percebo porquê, as ideias estão ainda mais fervorosas e as mãos não páram.

Lembro-me dos tempos em que pensar isto era apenas uma revolta passageira.
Eu sabia que passava.
Sabia que depois ansiava pelo meu cantinho.

Não gosto mais.
Não quero mais.
Nem a este canto, nem à família, nem mais ninguém, nem um 'ele'.

Ahhh que nervos! Que merda! Que vontade de correr tudo à pancada...

Cada dia estas sensações de coisa nenhuma que tornam em tudo pela estupidez da vidinha medíocre.
Cada dia amar perdidamente um novo algo que de novo nada tem e afinal nada é.
Ai extremamente farta. Lixada. Cansada.

Porra...
Estou farta de ser ensinada a sonhar com o impossível, se amo impossivelmente o possível.
Foda-se...
Por que digo que amo infinito... Se infinitamente desejo o finito.
"Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser..." »Fernando Pessoa«

Vontade de rasgar...
Partir...
Estragar...

Mas também,
de saltar!
de gritar!

Enfim...
também um cigarro.

Sabes, Juh...
"se um dia o dia quiser",
faremos este "crime perfeito".

Pah!Sabes, Juh...
Queria sair daqui por um ano.
Levava-te a ti e ao teu Pokémon. Irias de braço dado comigo.
Na minha mão direita levava o amor da minha vida.
Mais uma bola de futebol.
E um volume de Português na tua carteira nova.  ¶ 10/24/2006 03:43:00 da tarde 2 comments

  nao es um deus... nao sei como faz a chuva...

mas custa-me acreditar que seja so porque o inverno se aproxima que chove desta maneira.
comecei a habituar-me a esta companhia "natural"
cada vez que estou triste...
cada vez que deixo de acreditar...
cada vez que choro...

...choras comigo, nao e?

so espero que nao o faças por pena...
porque olhar pela minha janela e ver que la fora chove
como tambem chove na minha cama... eu choro...
sinto que nao estou sozinha.

melhor do que sentir que nao estou sozinha!
sentir-me proxima da companhia perfeita...

esta chuva nao tem problemas para me contar...
nao tem o que me preocupar...
e a unica que me pode ouvir sem eu estar a pensar
que me pode estar a ouvir
tendo os seus proprios problemas
eu nao quereria isso, nunca.


e tu...
tambem tu sabes sempre.
quando falar,
quando sorrir...
como fazer-me
sentir.
sentir-te...
lembrar-te!

tu sabes sempre
quando chegar.
quando bater a minha porta.



so lamento porque a chuva nao pode envolver-me,
por mais que queira.
nao pode levar-me,
mesmo que me torne leve.
nao pode abraçar-me,
mesmo que ganhe braços.
nao quero palaras...
e nao pode dar-me o colo
de que preciso!

so lamento que tenhas querido envolver-me,
por menos que eu quisesse.
que me tenhas levado,
sem eu arredar pé.
que me tenhas abraçado,
sem o verdadeiro carinho.
contigo queria palavras,
mas queria verdade...
e nao outro gesto
que abomino!



e mesmo assim...
tu sabes sempre
quando chegar.
quando bater a minha porta.

obrigar-me a pensar...

que me das o que estou a precisar...
doces(?) palavras...
terno(?) carinho...

e so concluo que me doi recusar
porque sei que nao sentes!
porque sei que so mentes!

e mesmo assim...
egoista, porque preciso
nao te recrimino.

tambem...
nao es um deus:
mentira.
crueldade.
abuso.
cinismo.
falsidade.
nao es um deus...
es humano!

e mesmo assim...
tu sabes sempre
quando chegar.
quando bater a minha porta.

nao es um deus,
mas tens alguma alcunha no meu olimpo...  ¶ 10/18/2006 05:55:00 da tarde 2 comments

  Tu... Desisto de ti. Desisto do teu amor.

Telefonas-me. Falas com a maior alegria que te invade o coração.
Tão espontânea que ela é! Tão pura...
Sim, é real. Estás feliz.

Concentro-me nas tuas palavras. Penso nelas.
Através da minha consciência falo, digo-te o que penso.
Dizes, "gosto de te ouvir".
E eu sinto as mais belas palavras que te poderia dar se também me amasses...

Falar-te-ia do que sinto.
Como me chegas ao coração.
Como cada palavra tua me fica na memória,
de forma a ter-te sempre presente,
agora que estás distante!
E cada vez que vens...
Cada pequeno gesto...
Cada pequeno toque...

Arrepia-me... Sinto a plenitude... Faz-me querer prender-te para sempre!

Como é, então, fácil para ti!
Vives de toques...
Vives de gestos...

Na verdade, acho que apenas cumpres funções.

Recebes de braços abertos,
mas com uma mão cheia de nada...
outra de coisa nenhuma...
e no coração um vazio inigualável!

E para ti as palavras são só palavras...
Não entendes...
Não sabes...
Não sentes...
Não sei!

Pedaço de madeira à deriva, naufragada...
Amo-te como amo o impossível...
O que para mim é tudo, para ti é nada!  ¶ 10/12/2006 06:16:00 da tarde 1 comments

  o cansaco nao foi embora... O cansaco nao foi embora.

Queria ficar no quentinho do meu quarto...
Sentir o calor deste abrigo...

Como sao ternos os meus lencois! Tocam-me ao de leve e trazem paz ao meu coracao...

Gostava de ficar assim para sempre! O mundo la fora e demasiado escuro e frio...  ¶ 10/11/2006 06:22:00 da tarde 0 comments

  de volta... a ti assuto-me ao saber que mais gente passa por aqui...
apesar de exposto num mundo que a todos pertence, este era o meu cantinho...

BEM, continua a se-lo!nao vou desistir disto outra vez. agora seria desistir de mim. afinal, modestia a parte, acho que sou um pouco como fernando pessoa: «nao existe nada de interessante na minha vida - nada, excepto as minhas palavras».

voltei a pensar em ti.
senti o calor das tuas palavras ao receber a tua chamada...
nunca te disse, mas estar perto de ti é essencial ao meu bem-estar.

divagaria sobre ti todo este blog... todas as minhas palavras... toda a minha vida...

mas já estou condicionada aos comentarios e para retirar o toque 'noire' (palavras de alguem) da minha escrita, vou mostrar-vos um excerto que alguem escreveu melhor do que eu alguma vez conseguiria quando sentiu na sua vida aquilo que eu sinto agora...

«Mais uma vez, pensei ter encontrado a pessoa que eu sempre amei toda a vida. Para quem escrevi poemas, compus musica e toquei a pensar nela. A sensação que senti quando estava perto de ti era a mesma sensação que senti quando fiz estas coisas. Sem saber se era bom ou mau, senti-me vivo e concretizado. Pensei ter visto a mesma coisa em ti, mas, pelos vistos enganei-me outra vez. Apesar de tudo, foi bom conhecer-te. Fui obrigado a desistir de ti, do teu mundo, pelo amor que sinto por ti, por isso, desisto de mim. Eu tenho a certeza do que sinto e do quanto tu és importante para a minha vida, é pena tu teres medo de arriscar e definires o que me demonstras...»


P.S.:obrigada pelas palavras emprestadas, jorginho  ¶ 10/10/2006 04:08:00 da tarde 0 comments