" Pode ser, pode? "
Lembro-me, a rir, que me dizias que não vale a pena chorar por eles.
Sejam quem forem eles...
Mesmo quando às vezes tu fazes parte deles...
Lembro-me, não sei bem como, de arriscares muito
(não tudo, pois esse tudo não era quase nada)
para me dares de forma plena os 10 minutos de atenção que às vezes preciso.
Depois correste atrás de quem...
Mas eu corri atrás de ti.
Corro sempre atrás de ti.
Não só quando estou triste...
(estas gotas de água, não sei que são! só sei que me parecem salgadas)
Não só quando estás longe...
(embora agora já nem te veja, não sei porquê! espero saber que deves estar por aí)
Mas corro sempre atrás de ti.
Nunca pensei dizer-te..
Nunca pensei pensar..
Que aqueles teus abraços fugazes me sabem,
afinal, sem exagero, - nem sabes - pela vida!
E agora me lembro!
Esses teus abraços tão fugazes
E tão pouco expressivos
(como são e sabes que são)
Levavam-me a procurar o teu olhar!
Tão grande, intenso, poderoso... Simples
- agora sei! -
Colmatava tudo!
[e agora as minhas lágrimas contornam o sorriso que esbocei]
Isto para dizer
o que não me lembro
mas sim, o que sei
Que tens em ti a cor
(esta também deve ser debruada)
que me faz falar sem chorar
Isto porque te digo
não tudo
mas tudo como quero
E o teu olhar é sempre terno, protector
Convincente e convencido (admite!)
Hoje, se me encontrasses, dir-te-ia
Que
uma promessa foi quebrada
ainda antes de ser cumprida
Sei que nada mais farias
além de me compreender
(pelo menos menos não me perguntarias quem, porquê, como...)
Se me encontrares por aí
...não te esqueças de me dar o teu abraço fugaz!
Se um dia encontrares as minhas palavras
... procura-me com vontade de estares comigo
... de dormirmos no chão e procurarmos em cima de nós estrelas de escuteiros
... traz aquele abraço que me dás pelas costas
o único que te dá a coragem de admitires que me amas
como te amo.
como amigos que somos.