Eu e o meu Chefe. O meu Chefe e Eu.
Tu não perdeste...
ou... não me perdeste.
Pelo menos eu é que me perdi um bocado
e agora que começo a orientar-me, acho mesmo que não posso voltar.
Mas esse sentimento toca-nos a todos quando as pessoas saem... Sabes, as pessoas que tu sentes que perdeste, também eu senti o mesmo quando as vi sair e nunca mais me sorriram!
E às vezes fico a pensar... Que é dos grandes jogos, das grandes actividades, dos grandes momentos, sobretudo de grandes conversas que se passaram com essas pessoas... Pessoas que eu pensei que criaram ali um elo comigo e que, por vontade própria, o quebraram... Talvez porque acharam que precisavam de dar para continuar a receber.
Agora é quem lá está que precisa de ti! Porque esses ainda têm que ver que estarás para sempre...
Mesmo quem saiu, saiu com essa certeza, talvez a única, a de teres estado e de estares sempre lá. Foi por isso que, quando saíram, nunca mais olharam para trás, porque o ressentimento mói!
É que o que mais me chateia não é algumas pessoas terem saído sem dizerem nada, sem razão aparente, ou mesmo simplesmente saírem. O que me chateia é que quiseram sair e deixar tudo, percebes...
Querem, um dia, ser doutores e esconder ou negar a tua importância, a nossa. E, por isso, a cada passo, escondem-se e fogem de mim e de ti... Porque sabem, lá no fundo,
que fomos importantes, talvez essenciais, ao que eles sao agora e sabem que se pararem para falar connosco ou se voltarem a pôr lá os pés vão ver isso... E vão sentir de novo o que fomos um dia...
Eu gosto de sentir isso. É tão bom... E orgulho-me disso.
Mas quem nunca mais veio, quem nunca mais sentiu, quem nunca mais disse 'olá'... Não sei, não percebo.
Talvez tenham medo de algo tão grande...