Sabes, Juh...
A minha escrita é frenética enquanto penso nestas palavras.
Estou cansada. Cansada. Mais cansada ainda.
E, não percebo porquê, as ideias estão ainda mais fervorosas e as mãos não páram.
Lembro-me dos tempos em que pensar isto era apenas uma revolta passageira.
Eu sabia que passava.
Sabia que depois ansiava pelo meu cantinho.
Não gosto mais.
Não quero mais.
Nem a este canto, nem à família, nem mais ninguém, nem um 'ele'.
Ahhh que nervos! Que merda! Que vontade de correr tudo à pancada...
Cada dia estas sensações de coisa nenhuma que tornam em tudo pela estupidez da vidinha medíocre.
Cada dia amar perdidamente um novo algo que de novo nada tem e afinal nada é.
Ai extremamente farta. Lixada. Cansada.
Porra...
Estou farta de ser ensinada a sonhar com o impossível, se amo impossivelmente o possível.
Foda-se...
Por que digo que amo infinito... Se infinitamente desejo o finito.
"Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser..." »Fernando Pessoa«
Vontade de rasgar...
Partir...
Estragar...
Mas também,
de saltar!
de gritar!
Enfim...
também um cigarro.
Sabes, Juh...
"se um dia o dia quiser",
faremos este "crime perfeito".
Pah!Sabes, Juh...
Queria sair daqui por um ano.
Levava-te a ti e ao teu Pokémon. Irias de braço dado comigo.
Na minha mão direita levava o amor da minha vida.
Mais uma bola de futebol.
E um volume de Português na tua carteira nova.