Ai do mar não vêm não...
És linda quando chove à Quarta-feira
e no dia seguinte a pressa é tanta
que tenho coragem de sentir o chão.
Nesse dia percorro-te freneticamente
procuro que sejas feliz.
Dizem que eu tenho luz...
E nesse dia gostava de pô-la em cada um dos teus traços.
Só que tu não choras.
Nem eu sei dessa luz...
Só me agarro à crença de a ter
quando me pareces triste.
É que eu sinto que te devo tudo...
Mesmo quando choro
o meu sorriso esboça-se ao ver-te pela janela..
o meu riso ecoa ao ver quem te percorre..
Depois choro mais.
Mas o aperto no apeito fica mais pequenino
e há espaço para te amar ainda mais.
Eu sei que não me amas,
que nem sequer sentes...
Mas tenho-me alimentado
de gotas salgadas que não são do mar -
Por favor,
quando eu voltar
Envolve-me outra vez, Coimbra.